25/09/2013

Minhas formas


Gosto das palavras, das manhãs mornas e do canto dos pássaros. Gosto da simplicidade das coisas, de sorrisos sinceros, olhares cativantes e abraços apertados. Sorrio com facilidade, mas choro também. Sou manhosa, carente, ciumenta e por diversas vezes chata. Não sei amar alguém pela metade e nem me doar em pedaços. Quero tudo ou quero nada, sou sua por inteira ou não sou nada. Gosto de carinho nas noites frias ou quentes, de abraços inesperados e de beijos alucinantes. Não tenho medo de me entregar, mas sim do que pode acontecer depois. Sou às vezes antítese ambulante, um mistério indecifrável, às vezes um livro aberto. Sou eu mesma de muitas formas, cada forma um jeito. Meu jeito, difícil de ser entendido, fácil de ser desvendado.

Raphaela Barreto
Inspirada nos textos de Clarice Lispector

Um comentário:

  1. "Não tenho medo de me entregar, mas sim do que pode acontecer depois."
    Eu também, muito medo.

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